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terça-feira, 23 de março de 2010

Nostalgia

                                           Esta  poesia foi escrita para mim.



O DIA TODO PRA LER, SE QUISER   

Tive que ter o que não tinha há muito tempo...
só o peito, ia explodir mas eu nem tava me dando conta.
Acendi um cigarro, e, quando vi já tinha enchido a cara.

A vida enrola um carretel de esperanças dos corações partidos, e eu, sozinho.
Nada me faria mudar, a não ser o sentimento de sentir a sensata sintetização da falta.
Percorri todo o passado e passei a passar o tempo tempestivamente,
sem me dar conta do possível fantasmagórico fim próximo .(tragédia...)

A  garrafa me fazia ver o mundo não tão imundo...
procurei nela o demônio, mas não me achei.
Velho capeta trouxe a liberdade de ser o que não se era, mas me devolveu a solidão...
obrigado, se você acha que é assim que tem que ser...mas dói muito!!!

A trajetótia  da casa pra não sei onde,enfiada num pseudo mar de rosas,
me arrasa de tal forma que corro...
o carro não explode, graças a Deus, mas me arrisco demais.
Dor, ó dor desgraçada, porque não me abandonas?
Tranque a porta do conhecimento da segunda-feira e me leve até a sexta.
Deixe que essa vodka não seja empecilho algum para se ver o amanhã,
deixe fluir o ódio de tudo,
deixe soltar o xamã há muito aprisionado,
deixe-me flechar o bambu dos resgatados do universo ridículo de alucinações.

Rendido ao temor da trégua mal- entendida, penso que sofro demais...
cadeiras voadoras podem ferir até os mais supremos reis. Imagine a um plebeu que sou.
Mas como nem tudo que é ruim ataca sozinho,
cadeiras  vieram  junto com  caronas maliciosas e me destruíram por completo.
Nesse momento a raiva começa a aumentar...
somente ser abandonado sem nenhuma explicação seria pouco,
mas com a possível possibilidade patética de ser considerado incapaz,
incapaz de ser,
incapaz de sentir,
incapaz de ouvir,
incapaz de dirigir, pra minha pessoa foi horroroso!!!

Não mereço nada que a humanidade sem piedade me empurra pelas vísceras adentro,
sou bobo,sou músico, sou escritor, tento ter talento...
pena que não tenho tanta poesia no olhar...
mas, também com tanta desconsideração com tudo que eu faço.
É cú e garrafa contra o rock n’ roll,
e, pior de tudo, autoritarismo e violência contra o meu maior desejo de ser amor,
amor que por derivação deveria me tornar um amante,
mas não me torna porque as pressões me fazem ser político-socialmente incorreto.
E, até a idade pode influenciar, acredita?

Espero que um dia leia isto. Mas com o coração.
Beijos se ainda quiser....

Aquiles Junior       17/2/98


Rozani




Um comentário:

La Maison disse...

Um poema bonito, estou impressionado Rozani.
Obrigado por escrever no meu blog.
Cumprimentos Primavera

Hermine