Bem vindos ao meu blog!

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sexta-feira, 3 de junho de 2011

Post da amiga Manuela Freitas do blog Light

Oi, meu queridos!
Este post é de uma amiga de Portugal, Manuela Freitas do blog Light.
 http://vivercomlight.blogspot.com/
Eu entrei outro dia e vi esse post e adorei! Gostei muito da definição que ela fez dos contos de fadas. Pedi para um dia postar no meu blog. E, gentilmente
ela  concordou ! Muito obrigada, Manu!
Espero que vcs gostem!
Bjs,



OS CONTOS DE FADA DIZEM MUITO, MAS NUNCA DIZEM TUDO...

Nunca se sabe onde um beijo pode levar. Apesar dos contos de fada insistirem em dar-nos o final feliz, com um beijo. Um hábil modo de dizer muito e não dizer nada. Como todos os contos de Fadas, também A Bela Adormecida está carregada de um universo simbólico. Uma tentativa de fixar, ou melhor «dar nome» às forças da Natureza, às transformações do corpo (e da carne), às forças do instinto, aos sentimentos tão singulares quanto universais. Enfim, àquilo que se repete e que pontua fases da vida e comportamentos. Por esta razão, os contos de fada dizem muito, mas nunca dizem tudo (como poderiam dizer?). Entre outras razões, e em particular na Bela Adormecida, trata-se de ensaiar a fantasia numa realidade que se afasta daquela que normalmente podemos provar: o desejo lançado à contingência. E neste sentido, nem cem anos de sono nos garantem o próximo passo. Talvez nos sintamos mais preparados, mas nunca se sabe onde um beijo pode levar. Em Perrault depois do beijo, mesmo com um final feliz, vem a vingança da mãe do Príncipe por ciúme (o famoso caso edipiano).

Nos irmãos Grimm, depois do beijo a pausa para a fase que se segue: e foram felizes para sempre! Mas mesmo não tendo a certeza onde um beijo nos leva, quem resiste à ideia de um final feliz? Quem não anseia o beijo do príncipe encantado? Que podemos nós contra tudo isto? Literalmente nada porque de um desejo afinal, se trata. A este propósito recordo a frase de Santo Agostinho «ainda não amava e já gostava de amar», que nos projecta para qualquer potencial, isto é, o corpo antecipa o acontecimento.

É aqui que a nossa Bela Adormecida ganha corpo (do e no desejo), às vezes etéreo às vezes apelativo, para imediatamente entrarmos no seu son(h)o, o não-dito.

Por favor não a acordem!




Fragmentos da Vida         
         Rozani

2 comentários:

Manuela Freitas disse...

OLá Rozani,
Muito me honra o teu post! Gostei bastante das imagens, dos tantos contos de fadas da nossa meninice, mas continuando a considerar deliciosos os contos de fada, a realidade depois mostra-se bem diferente!
Beijinhos,
Manuela

bikim disse...

é lindo mesmo!
happy week!
Rosa