Voltei só para postar sobre a Academia Brasileira de Letras. Amanhã, 20 de julho, faz 113 anos que foi inaugurada.
Bom, como eu adoro ler, tinha que deixar minha homenagem!
Espero que gostem.
Bjs,
A Academia Brasileira de Letras é uma instituição fundada no Rio de Janeiro em 20 de julho de 1897 pelo escritor Machado de Assis, tendo iniciativa de Lúcio de Mendonça. Composta por 40 membros efetivos e perpétuos e 20 sócios estrangeiros, ela tem por fim "o cultivo da língua e a literatura nacional".
História
A instituição remonta ao final do século XIX, quando escritores e intelectuais brasileiros desejaram criar uma academia nacional, nos moldes da Academia francesa.
A iniciativa foi tomada por Lúcio de Mendonça, concretizada em reuniões preparatórias que se iniciaram em 15 de dezembro de 1896, sob a presidência de Machado de Assis (eleito por aclamação), na redação da Revista Brasileira. Nessas reuniões foram aprovados os Estatutos da Academia Brasileira de Letras, a 28 de janeiro de 1897, compondo-se o seu quadro de 40 membros fundadores. A 20 de julho desse ano era realizada a Sessão Inaugural, nas instalações do Pedagogium, prédio fronteiro ao Passeio Público, no centro do Rio.
Sem possuir sede própria nem recursos financeiros, as reuniões da Academia foram realizadas nas dependências do antigo Ginásio Nacional, no Salão Nobre do Ministério do Interior, no salão do Real Gabinete Português de Leitura, sobretudo para as sessões solenes. As sessões comuns sucediam-se no escritório de advocacia do Primeiro Secretário, Rodrigo Octávio, à Rua da Quitanda, 47.
A partir de 1904, a Academia obteve a ala esquerda do Silogeu Brasileiro, um prédio governamental que abrigava outras instituições culturais, onde se manteve até à conquista da sua sede própria.
O "Petit Trianon"
Em 1923, graças à iniciativa de seu presidente à época, Afrânio Peixoto, e do então embaixador da França, Raymond Conty, o governo francês doou à Academia o prédio do Pavilhão Francês, edificado para a Exposição do Centenário da Independência do Brasil, uma réplica do Petit Trianon de Versalhes, erguido pelo arquiteto Ange-Jacques Gabriel, entre 1762 e 1768.
Essas instalações encontram-se tombadas pelo Instituto Estadual de Patrimônio Cultural (INEPAC), da Secretaria Estadual de Cultura, desde9 de novembro de 1987. Os seus salões funcionam até aos dias de hoje abrigando as reuniões regulares, as sessões solenes comemorativas, as sessões de posse dos novos acadêmicos, assim como para o tradicional chá das quintas-feiras. Podem ser conhecidas pelo público em visitas guiadas, ou em programas culturais como concertos de música de câmara, lançamento de livros dos membros, ciclos de conferências e peças de teatro.
No primeiro pavimento do edifício, no Saguão, destaca-se o piso de mármore decorado, um lustre de cristal francês, um grande vaso branco de porcelana de Sèvres e quatro baixos-relevos em pedra de coade ingleses. Entre as demais dependências, ressaltam-se:
- o Salão Nobre, onde ocorrem as sessões solenes;
- o Salão Francês, onde o novo membro, tradicionalmente, permanece sozinho, em reflexão;
- a Sala Francisco Alves, onde destaca-se uma pintura a óleo sobre tela, da autoria de Rodolfo Amoedo, retratando um coletivo de escritores e intelectuais do século XIX;
- a Sala dos Fundadores, decorada com mobiliário de época e pinturas de Cândido Portinari;
- a Sala Machado de Assis, decorada com a escrivaninha, livros e objetos pessoais do escritor, com destaque para um retrato dele, de autoria de Henrique Bernardelli;
- a Sala dos Poetas Românticos tem como destaque os bustos em bronze de Castro Alves, Fagundes Varela, Gonçalves Dias, Casimiro de Abreu e Álvares de Azevedo, de autoria de Rodolfo Bernardelli.
No segundo pavimento encontra-se a Sala de Chá, onde os acadêmicos se encontram, às quintas-feiras, antes da Sessão Plenária, a Sala de Sessões e a Biblioteca. Esta última atende aos acadêmicos e a pesquisadores, com destaque para a coleção de Manuel Bandeira.
O Espaço Machado de Assis
No segundo pavimento do Centro Cultural da Academia Brasileira de Letras encontra-se o Espaço Machado de Assis, que abriga o Núcleo de Informação e Referência sobre a obra de Machado de Assis, a Galeria de Exposições e a Sala de Projeções, onde se podem assistir filmes e vídeos relativos ao universo machadiano.
Características
A Academia tem por fim, segundo os seus estatutos, a "cultura da língua nacional", sendo composta por quarenta membros efetivos e perpétuos, conhecidos como "imortais", escolhidos entre os cidadãos brasileiros que tenham publicado obras de reconhecido mérito ou livros de valor literário, e vinte sócios correspondentes estrangeiros.
À semelhança da Academia francesa, o cargo de "imortal" é vitalício, o que é expresso pelo lema "Ad immortalitem", e a sucessão dá-se apenas pela morte do ocupante da cadeira. Formalizadas as candidaturas, os acadêmicos, em sessão ordinária, manifestam a vontade de receber o novo confrade, através do voto secreto.
Os eleitos tomam posse em sessão solene, nas quais todos os membros vestem o fardão da Academia, de cor verde-escura com bordados de ouro que representam os louros, complementado por chapéu de veludo preto com plumas brancas. Nesse momento, o novo membro pronuncia um discurso, onde tradicionalmente se evoca o seu antecessor e os demais ocupantes da cadeira para a qual foi eleito. Em seguida, assina o livro de posse e recebe das mãos de dois outros imortais o colar e o diploma; a espada é entregue pelo decano, o acadêmico mais antigo. A cerimônia prossegue com um discurso de recepção, proferido por um confrade, referindo os méritos do novo membro.
Instituição tradicionalmente masculina, a partir de 4 de novembro de 1977, aceitou como membro Rachel de Queiroz, para quem foi desenhada uma versão feminina do tradicional fardão: um vestido longo de crepe francês verde-escuro, com folhas de louro bordadas em fio de ouro.
Presidentes da ABL
O primeiro Presidente da A.B.L. foi Machado de Assis, eleito por aclamação, e também seu "Presidente Perpétuo".
Durante quase 34 anos consecutivos Austregésilo de Athayde presidiu o Silogeu (1959-1993), imprimindo na sua gestão um caráter de vitaliciedade ao cargo que fugia aos princípios originais - e que foi abandonado por seus sucessores.
Criticismo
A Academia Brasileira de Letras já foi criticada por não ter tido suas cadeiras ocupadas por aclamados escritores da literatura brasileira, tais como Monteiro Lobato, Carlos Drummond de Andrade,Cecília Meireles, Clarice Lispector, Vinícius de Moraes e Mário Quintana, bem como por ter tornado "imortais" autores como o influente político José Sarney, ex-presidente da República; o médico Ivo Pitanguy, cirurgião plástico mundialmente conhecido; e Paulo Coelho, cujos romances esotéricos são vistos, por um número significativo de leitores, como livros de pouco valor literário.
Rozani
5 comentários:
Olá
Feliz dia do amigo, porque afinal de contas, mesmo que nossa amizade seja "virtual" ela é bem real em meu coração!!!
beijos
A ABL agora tem o desafio de enfrentar um período de comunicação digital e e-books. Viu que ela tem um twitter, onde sorteia livros? Ainda tem atividades como leituras dramatizadas, Concertos e Exposições em seu teatro. Sempre quando estou no Rio observo a programação. Boa semana! Beijus,
Olá Rozani, tens razão, andas sim, muito sumida!
Eu adoro vir aqui...escutar Elvis nessa maravilhosa canção...puro deleite!
E parabenizo pela postagem sobre a ABL, super instrutivo, gostei!
Rozani adorei as informações sobrea Academia Brasileira de Letras. Bjs
Bom dia Rozanni, estou deixando meu comentário do post do Elvis aqui , pois lá no mesmo, não estou conseguindo.
Adorei a sua homenagem.
Elvis era demais!!!!!!
Xeros
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